quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

UMA CHAMADA PERDIDA (EUA-ALE-JAP, 2008, Diretor: Eric Valette).



Mesmo tendo na produção, a nata mundial dos filmes de terror (os alemães, que teoricamente inventaram o gênero, os americanos que o absorveram e exploraram em milhares de filmes da década de 30 ate hoje, e por fim os japoneses que estão tão na moda que a versão original do filme em questão é de lá), o filme é uma triste experiência para quem vai ao cinema, dado que ele é um amontoado de clichês (ruins) de outros filmes de terror muito mal interligados. A comparação mais próxima seria dizer que foi uma tentativa de ligar os filmes de O CHAMADO, PREMONIÇÃO, e PULSE, sem antes filtrar as informações para que o resultado final não caísse no ridículo.

Dito isto, és a historia: Uma série de pessoas recebe mensagens de voz aterrorizantes no telefone celular, em que se ouve uma gravação, com horário e dia no futuro (no dia seguinte para ser mais especifico), no dia e horário da mensagem a pessoa que a ouviu morre exatamente falando o que estava na gravação. Embora as mensagens possam ser apagadas, as pessoas já estão marcadas para morrer, Beth Raymond (Shannyn Sossamon) fica traumatizada quando testemunha as mortes de dois amigos que receberam tal mensagem, e cada morte aconteceu precisamente como e quando foram previstas. A polícia pensa que Beth está perturbada e só uma pessoa acredita nela: o detetive Jack Andrews (Edward Burns). Sua crença vem do fato que sua própria irmã foi morta num acidente improvável que possui uma estranha semelhança com as mortes dos amigos de Beth. Juntos, Jack e Beth trabalham para desvendar o mistério por trás das chamadas sinistras. O desenrolar dessa historia, e do mistério das mortes é tão desconexo e cheio de furos e clichês de outros filmes de terror que chega a ser engraçado (pois medo é a ultima sensação que este filme poderia ou conseguiria despertar), {contem spoiler} entre os problemas do confuso roteiro temos, além de tentar atribuir toda a série de mortes a uma estranha vingança (que mais a frente descobre-se que não tinha absolutamente NADA a ver com as vitimas que estavam morrendo), ainda abre uma seqüência de sub – tramas, como o obscuro passado da protagonista (que a principio dar uma idéia de que poderia ter algo a ver com a historia, mas ao final trata – se de uma mera coincidência com o objetivo de esticar o filme), e tira da manga do colete, a figura de um policial que busca esclarecer o caso de sua irmã morta, transformando tudo num samba do crioulo doido que vai ficando cada vez pior.

Quanto ao "design"  “Espectro – Killer”, tente imaginar um fantasma como a Sadako do Chamado, sem mostrar a cabeleira, alternando a “força-bruta-espectral” e acidentes casuais para matar suas vitimas (sim, nobres amigos, a Gasparzinha tem os poderes da...MORTE propriamente dita, tal qual no filme americano Premonição), não satisfeita a Ghost-girl ainda atormenta suas vitimas com varias alucinações, de toda a fauna invertebrada que você puder imaginar ( concluir que, para o diretor todos as pessoas do mundo tem insetofobia). {fim do spoleir}

Em suma, uma pessoa esforçada e principalmente que seja muito fã de terror japonês, ou ainda queira rir um pouco, pode se divertir com esse filme. Caso você ainda queira arriscar, depois de tudo isso, pelo menos faça a seguinte pergunta:

Quem Ligou ou tinha o a porra do numero do celular DO GATO, no começo do filme?”.

*Dica: Assistam o original Japonês e sua continuação, muito mais recomendaveis e bem mais interessantes. Conforme as capas já demostram.