domingo, 29 de janeiro de 2012

EVOCANDO ESPIRITOS (2009, EUA).




Depois de uma longa e interminável moda de fantasmas asiáticos, no cinema de terror norte-americano, o diretor Peter Cornwell, resolveu voltar às origens, lembrando clássicos yankes do gênero, como POLTERGEIST – O Fenômeno, e as primeiras variações de AMITYVILLE, entre ‘outros’ que o nome me foge.
       
Baseado em um dos “poucos” casos reais e confirmados de casa mal – assombrada nos EUA (já que foi feito em cima de um documentário real, e homônimo de 2002, pelo canal pago Discovery Chanel) o filme passa-se em 1987, e conta a historia de uma família, com o filho adolescente em estado grave de câncer, fazendo tratamento experimental, com drogas que podem causar alucinações, obviamente a casa tem uma historia (Ohh!) e a família começa a ser adormentada por espíritos, tudo no Estado de Connecticut. O diferencial do filme, é que ele foge (mas não para muito longe) da formula dos sustos fácies e dos gasparzinhos cabeludos, alem de que, seu roteiro, a cargo de Adam Simon e Tim Metcalfe, tenta ao menos mostra vários elementos didáticos que justificariam uma possessão na casa, (vide o já comentado Poltergeist), outro detalhe curioso é que os problemas pessoas da família (que na vida real chama-se Snedekers) são mostrados, de modo que o telespectador fique na duvida, no começo, se os eventos mostrados são reais ou meras alucinações do protagonista. Não é a invenção da roda, mais no atual mercado, tem cheiro de novidade.

Segundo Cartaz do Filme ( melhor que o oficial)


Outro cartaz do Filme.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

POSSUÍDOS ( 2006, EUA).



Agnes White (Ashley Judd) é uma garçonete solitária, que escapou de seu ex-marido violento Jerry Gross (Harry Connick Jr.), recém-saído da prisão, e nunca superou direito o desaparecimento de seu filho. Ela vive em um hotel de beira de estrada e é apresentada por R.C. (Lynn Colins,), sua colega de trabalho, a Peter Evans (Michael Shannon), um veterano da Guerra do Golfo. Peter é obcecado por insetos e logo se relaciona com Agnes. Porém ela passa a viver um pesadelo claustrofóbico quando Peter começa a convencê-la de uma gigantesca conspiração envolvendo insetos (traças de plantas indetectáveis a olho nu para ser mais especifico), e que pode ate mesmo ter relação com o desaparecimento de seu filho.
            Já nos primeiros segundos de filme, a paranóia se estabelece, para a alegria e o alívio dos fãs de William Friedkin, o aclamado diretor do clássico “O EXORCISTA”, de 1973, que volta ao universo do “thriller” depois de 17 anos de jejum e sucessivos fracassos. Recebido com elogios e prêmios, "Bug" ( o nome original do filme) parece livrar Friedkin da maldição de seu mais famoso filme de terror, que teria perseguido o cineasta desde então. Sua última aventura pelo terror foi “A ÁRVORE DA MALDIÇÃO” ("The Guardian", no original), de 1990, massacrado pela crítica e rejeitado pelo público. Depois de estourar em Hollywood com "OPERAÇÃO FRANÇA( 1971), considerado uma obra-prima do gênero policial, e de aterrorizar o mundo com as imagens de Linda Blair possuída pelo demônio, o diretor errou a mão uma vez após a outra e acabou relegado ao time das ex-promessas do cinema mundial.
            Possuídos, alem de fazer o diretor voltar a “brilhar” no mercado internacional, é o melhor exemplo de ‘ame-ou-odeie’, que se pode imaginar em um filme. Ganhador de prêmios, fracasso de bilheteria, afinal, o filme é inteligente demais para ser compreendido, ou ruim demais para ser levado a serio? A única verdade é que o seu final desagrada ate mesmo quem gostou do filme como um todo.


Outra capa do filme.

Terceiro cartaz alternativo, todos melhores que o oficial que ficou nos cinemas brasileiros.

Dica: sequencia final do filme. Tem assistir, pra entender, e gostar ou odiar.

PREDADORES ( 2010, EUA).



 



Este novo filme do universo dos Predadores, com produção de Robert Rodriguez, e direção de Nimrod Antal(?), é estrelado por Adrien Brody (sim ele mesmo, o grande ator do drama O pianista’) e Alice Braga (sim a atriz brasileira que estreou para o mundo em ‘Cidade Baixa’, é a protagonista feminina do filme). Na historia, ‘Royce’ (Adrien), é um mercenário que relutantemente, lidera um grupo de combatentes de elite e descobre que eles foram levados para um planeta alienígena para servirem como presas, em um safári intergaláctico. À exceção de um médico que caiu em descrédito, todos são assassinos a sangue frio: mercenários, mafiosos da Yakuza, presidiários, membros de esquadrões da morte, ou seja, "predadores" humanos que agora serão sistematicamente caçados e eliminados por uma nova raça de Predadores alienígenas. Embora o nome indica-se um reebot (nova versão, como se a primeira não existisse) ou um remake (refilmagem com algumas modificações) o que se ver é uma continuação dos filmes PREDATOR (1987) e PREDADOR 2 (1990), tanto que é claramente perceptível a atmosfera e cenário referente ao filme de 1987, ou seja, uma floresta tropical onde as caçadas alienígenas acontecem, ainda temos o fato da personagem de Alice Braga, fazer referências diretas a historia de ‘um soldado que alegava ter enfrentado e matado criatura semelhante nos anos 80’, referindo-se obviamente a ‘Dutch’ (Arnold Schwarzenegger), e, é justamente essa boa dose nostalgia, que salva em grande parte o absurdo e forçado roteiro do filme, já que as cenas de ação apesar de muito boas, são escassas, ou no mínimo rápidas demais.

Os personagens, com exceção da militar israelense da atriz brasileira Alice Braga, e do médico do grupo (interpretado pelo ator Topher Grace) são extremamente estereotipados e forçados, como um sobrevivente ‘veterano nos safáris aliens’ ( Laurence Fishburne) que estar visivelmente acima do peso, e só aparece para ‘explicar’ todos os detalhes dos predadores, e seu padrão de caça. Royce - que dado a suas habilidades e sua personalidade, lembra ou no minimo é inspirado em Chev Chelios, o personagem vivido por Jason Statham, na franquia “Adrenalina” - é totalmente alheio ao fato de estar em outro planeta (já que em certo momento demonstra querer voltar para casa... ANDANDO), e ainda resolve CAÇAR e matar todos os predadores do planeta, deixando assim no chinelo os personagens mais machos da carreira de Chuck Norris, resumindo, você consegue imaginar o ator Jason Statham ganhando o Oscar graças a um forte, pesado e dramático papel de pianista judeu, vitima do nazismo???  Pois bem, alguém achou que o contrario funcionaria...

Há também um personagem asiático que (lógico) ao invés de armas de fogo, prefere usar uma espada japonesa contra aliens com armas lasers, e 3 metros de altura. E claro, o ator Danny Trejo, eternamente interpretando um matador mexicano, como não poderia deixar de ser, em um filme com o dedo de Robert Rodrigues (tenho minhas duvidas se o ator não aparece interpretando o ‘MACHETE’ em SIN CITY, unicamente por exigência de Frank Miller).

Há outras raças alienígenas menores sendo caçadas ou ajudando na caça, e uma diferenciação de clã ou raça dos alienígenas predadores, isso apesar de criar um monstro mais assustador e forte, gera algumas conclusões que evidenciam as baboseiras do roteiro, como sugerir que toda a caçada era um tipo de olimpíada ou competição entre clãs de Predadores, e que o tipo de predadores que veio a Terra em TODOS os outros filmes dos monstros era do clã mais franzido, ou do tipo mais fraquinho da raça.

Conclusão se você quiser ver um excelente ator dramático, fazer um estereotipado super-soldado de filmes de ação, uma brasileira protagonista de um grande arrasta-quarteirão norte-americano, Laurence Fishburne numa ponta fraquíssima, e uma trama forçada ‘querendo inventar moda’, esse filme é a pedida certa para você, conduto, se você realmente quiser ver um bom filme com os caçadores alienígenas camuflados mais queridos do cinema, vá assistir o original.

Essa é a Raça mais forte de Predador.

Essa cena só existe no Trailer ( é isso mesmo).

Adrian e Alice, bons atores no filme errado.