sábado, 24 de setembro de 2011

Deixe-me Entrar (2010, EUA).

 

 
Nesta refilmagem o garoto de 12 anos Owen (Kody Smit McPhee) é solitário, seus pais são divorciados, ele não tem amigos, e ainda sofre com os meninos da escola que vivem brigando com ele. Quando uma menina de 12 anos chamada Abby (Chloe Moretz) se muda para seu prédio, Owen passa a acreditar que ela possa ser sua amiga, mas há um alto preço a ser pago pela amizade de Abby, já que ela não é uma menina comum.

Dado o grau de elogios, e criticas positivas que o filme original pode ( e conseguiu) arrecadar, tentarei ser o mais sucinto possível. “Deixa Ela Entrar ( Suécia, 2008)” é uma produção maravilhosa, que trata do vampirismo de uma forma poética, romântica e ingênua, fazendo uso do mito de uma criatura feroz e imortal como metáfora da inocência, das descobertas do corpo, do início dos relacionamentos dos pequenos, quando estes passam da fase das brincadeiras infantis para o encontro com o sexo oposto. Ainda assim, conseguiu mesclar toda essa poesia e linguagem sutil com um horror absoluto, cru e quase visceral. Na trama, o jovem introvertido Oskar (Kåre Hedebrant) sofre de bullyng na escola onde estuda, enquanto cultiva uma paixão prematura com a bela Eli (Lina Leandersson), uma estranha vizinha com hábitos noturnos que chegou para mudar sua vida por completo. Há algumas referências ao homossexualismo e a pedofilia, seja na figura da “menina sem sexo” ou na do guardião de Eli, mostrando que uma obra clássica é aquela que possui várias leituras.

Sobre as refilmagens americanas atuais de filmes de terror, bem, lembro que postei um parágrafo introdutório em uma resenha de SEXTA-FEIRA 13(2010) que em linhas gerais dizia que, as refilmagens geralmente seguem três linhas, ou pensamentos, no primeiro o diretor-roteirista pega apenas o argumento do filme original, e cria uma versão autoral, ou nova, no segundo caso ele mesclar o melhor do original, com novas idéias ou atualizações, e no terceiro caso ele faz uma refilmagem quadro-a-quadro modificando apenas alguns detalhes, e é justamente essa terceira linha que o filme em analise segue na maior parte do tempo, o problema é que os ‘detalhes’ simplificam e modificam justamente os protagonistas. Isso, para o escritor desta resenha é um problema, pois temos um bom filme, simplesmente porque o original é ótimo, e não necessariamente por mérito dos realizadores da refilmagem.
 
O diretor Matt Reeves, que possui o original e excelente “CLOVERFIELD - MONSTRO”, em seu currículo, aparece aqui seguindo o mesmo roteiro da versão sueca, mas com um foco diferente, enfatizando o envolvimento dos personagens, e focando na paixão infantil e pura dos dois protagonistas.
            Sem duvidas, como era esperado, Chloe Moretz demonstra todo o seu talento em um filme cuja personagem central parece ter sido feita sob medida para ela, matura, com rosto de criança, e seu talento habitual, a pequena atriz torna a personagem carismática e interessante, alem de conseguir criar uma ótima química com Kodi Smit-McPhee, apesar dos efeitos especiais em CG quase destruírem todo o seu bom trabalho.

O ponto negativo do filme é como já disse os detalhes, que tiram todo suspense psicológico que o filme original tinha, e tornam a garota que no sueco é um ‘monstro’ sutil, com aparência de criança, em um monstro literal, com aparência de monstro e irritantes grunhidos de bicho. Isso para não comentar da humanização excessiva de Owen, pois no original vemos que o garoto possui certas tendências psicóticas, ou homicidas. O guardião de Abby também é modificado, no original sua origem e suas motivações são totalmente especulativas, já aqui, uma foto revela o seu mistério, por fim, tem a cena final na piscina, que no original é bem mais chocante por acontecer num cenário claro, e não no escuro como nesta refilmagem, isso tudo para não comentar da sexualidade da protagonista, pois, se no original, ela já era abordada de forma altamente sutil, neste filme sequer é abordado tal tema. As demais diferenças são detalhes inexpressivos que em nada modificam a historia.
  
A conclusão é que apesar do ‘foco diferente’, o filme é raso, com efeitos especiais medianos (para o padrão americano), e se não fosse a já comentada química entre os atores mirins, não passaria de apenas uma ‘versão’ inocente e simplista de um ótimo filme em outro idioma.
 
 






quinta-feira, 15 de setembro de 2011

TERROR MENSAL: AGOSTO.

BOM, o mês de agosto não tem lá muitas datas comemoraveis em filmes de terror, mesmo assim, devido o atraso, e a absoluta falta do que fazer, para não passar me branco escolhir 3 datas DIA DOS PAIS (10), DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA (19), e DIA DO CORRETOR DE IMOVEIS (27). Para serem 'homenageadas' nos seguintes filmes: "O Padrasto"; "Retratos de Uma Obsessão", "Espiritos" e " A casa do Terror TRACT".


FILME: O PADASTRO.
ANO:2009.
PAÍS: EUA.
DIRETOR: JOSEPH RUBEN.




Michael Harding (Penn Badgley) retorna para casa da escola militar para encontrar sua mãe, Susan (Sela Ward), feliz e apaixonada por um homem conhecido como David Harris (Dylan Walsh). Ele parece ser o pai perfeito, e bom marido para todos, mas Michael, suspeita que ele não é o homem que parece ser. Junto com sua namorada, Kelly (Amber Heard), seu pai Jay (Jon Tenney) e amigas de Susan (Paige Turco e Sherry Stringfield), eles começam lentamente a juntar as peças do mistério, do homem que está prestes a se tornar seu padrasto, mas pode ser tarde demais para a verdade chegar.

Refilmagem de um filme homônimo de 1987, e que gerou umas duas continuações ate 1992 (sendo que eu não vi nenhuma...), a verdade é que, conforme disse um famoso comediante uma vez:


"Dia das Mães é uma data comemorada e disputada por restaurantes e lojas com uma rivalidade e selvageria comercial semelhantes ao natal, porem, No Dia dos pais, você terá sorte de receber algum presente maior que uma gravata de seus filhos"


Logo esse filme sobre um 'padrasto' foi o mais proximo que conseguir arrumar para o dia dos pais. No filme, o pano de fundo é a historia real do serial-killer norte-americano João List Emil, que, em 1971, matou sua família inteira, em seguida, fugiu e assumiu uma nova vida e uma nova identidade, e ate onde eu sei não foi capturado. O longa metragem é recomendavel como suspense leve, ao estilo "Paranoia" sem muita violência, com uma trama que apesar de TODO MUNDO saber o climax (o cara é um assassino serial, e o filho protagonista consegue provar isso), se arrasta por quase 2 horas, desenvolvidos lentamente, personagens sem muito o que explorar.




RETRATO DE UMA OBSESSÃO.
ANO: 2002.
PAÍS: EUA.
DIRETOR: MARK ROMANEK.




Em comemoração ao 'Dia Mundial da Fotografia', escolhi este que é sem duvidas um dos melhores filmes 'inter-generos' sobre o tema fotografia, e sem duvidas o melhor papel da carreira de Robin Willians fora das comedias e filmes melosos.

Até onde você deixaria o seu padeiro entrar na sua vida? Você se sente mal pela solidão dos outros? São perguntas assim – ou pelo menos parecidas – que fazem a base de Retratos de Uma Obsessão.

Na historia, Robin é a figura principal do filme. Ele interpreta um personagem de nome Seymour Parrish, ou simplesmente Sy, como prefere ser chamado. É uma figura melancólica, sozinha, não possui família e tampouco amigos. Trabalha em um laboratório de revelação de fotos instantâneas há muitos anos, (sendo inculsive o narrador da historia para o publico, artificio que, ao longo da projeção só torna mais dificil enxergar no personagem o grande vilão do filme). É perfeccionista e muito bom no seu trabalho. Segundo ele, o laboratório em que trabalha processa as fotos mais perfeitas do estado. Ele tem um desejo secreto, seu maior fetiche, de fazer parte de uma família, para a qual vem revelando fotos durante mais de 20 anos, e se imagina sendo o “tio Sy” daquela família.

O filme logo nos mostra que esse é um sonho utópico, pois fica evidente que a obsessão de Sy é meramente platônica, e a família Yorkin não vê nele nada mais do que 'o cara do shoping que revela as fotos', as coisas começam a sair do controle quando uma mera fotografia começa a mexer com a ilusão de Sy de familia perfeita, isso e uma demissão, tiram Sy do conformismo de sua solidão e lhe dão um objetivo pelo que lutar, mesmo que seja da forma e pelo motivo errado.

Embora seja vendido como thriler de suspense, uma segunda leitura deste filme pode muito bem encaixa-lo como DRAMA PSICOLOGICO, recomendado ate para quem não gosta de filmes de suspense e terror, assim como para qualquer um que queira ver Robin Willians no mais diferente papel de sua carreira.


FILME: ESPIRITOS - A MORTE ESTAR AO SEU LADO.
ANO:2004.
PAÍS: TAILÂNDIA.
DIRETORES: BANJONG PISANTHANAKUN/PARKPOOM WONGPOOM.




O jovem fotógrafo Thun (Ananda Everingham) e sua namorada Jane (Natthaweeranuch Thongmee) descobrem misteriosas sombras em suas fotografias, tiradas do local de um acidente. Enquanto investigam o fenômeno, descobrem que os retratos contêm imagens sobrenaturais, assim como outras.

Eleito (por mim pelo menos rrssss...) um dos maiores e mais importantes filmes de terror dos últimos 10, o filme é um otimo thriler de terror e suspense, apesar do tema não ser original, a forma como foi abordado e seu desenvolvimento o fizeram ganhar fama internacional, mesmo o sendo o seu país de origem totalmente desconhecido (do ponto de vista cinematografico). Para mais detalhes ver aqui no blog mesmo, informações sobre o filme na lista dos " Maiores filmes da Década".



FILME: A CASA DE TERROR TRACT.
ANO: 2000.
PAÍS: EUA.
DIRETORES:CLINT HUTCHISON e LANCE W. DREESEN.





Outro filme que já foi objeto de analise neste blog, na lista de melhores da década. Trata-se de uma antologia (filme dividido em mais de uma historia que geralmente tem relação com uma historia central do narrador) de terror, onde um CORRETOR DE IMOVEIS (lembram dia 27\07 - Dia do Corretor de Imoveis) tem que vender uma casa, em um peculiar conjunto habitacional, sendo que a venda tem que ser feita ate o final do dia, devido a uma politica de "estimulo de vendas", bastante 'diferente' que só é revelada no final. O problema é que para isso, deve o vendedor contar aos interessados, a historia do antigo dono da casa, historias essas que sempre trazem alguma fatalidade.

Recomendado pela originalidade, e por ser uma das últimas boas e saudasistas antologias de filmes de terror (com clima de anos 80 e 90), a serem feitas depois de 1999, junto com ARMADILHAS DE TERROR (2006) E CONTOS DOS DIAS DAS BRUXAS(2008).

TERROR MENSAL: JULHO

Continuando COM UM PU** ATRASO a serie de "filmes de terror em datas comemorativas". Temos uma data que apesar de não ser comemorada no Brasil (Independência dos EUA). O 04\07 é uma data importantissíma nos EUA, e coincidentimente, fonte de inspiração para alguns filmes de terror. Em especial a trilogia de slasher movies abaixo.


P.S: O mais desadento leitor do blog, pode perceber que *11 a cada 9 filmes de terror* ( já que muitos geram sequencias e refilmagens, que mais parecem o mesmo filme) com datas comemorativas, estão no sub-gênero slasher, talvez o motivo seja que, este é um dos pouquissimos gêneros de filmes que entra ano e sai ano... Decada pós decada... Tem sei público alvo garantido.



FILME: EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO.
ANO: 1997.
DIREÇÃO: JIM GILLESPIE.
PAÍS: EUA.



No feriado de 04 de Julho de 1997 um grupo de adolescentes atropela um homem na estrada, que parece um pescador, com medo das conseguencias decidem jogar o corpo do infeliz no mar e fazem um juramento de nunca mais falar sobre o ocorrido. Um ano depois, para "surpresa" de todos, os 04 jovens envolvidos no acidente começam a receber bilhetes anonimos com os dizeres "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado", os quais chegam com a mesma frequencia em que um assassino misterioso começa a matar os jovens, vestindo uma capa de chuva e usando um gancho na mão direita, seria o suposto pescador em busca de vingança(1).

Tipico Slasher-Movie dos anos 90, fez muito sucesso na época, tanto que só não foi o melhor de seu tempo por causa do filme PÂNICO, que veio UM ano antes. Rendeu duas continuações, porem, vale realmente a pena pela preseça de Sarah Micheler Park que em 1998 tinha uma otima careirra, e era a querindiha dos adolescentes americanos, ao ponto de ofuscar a protagonista do filme.




EU AINDA SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO.
ANO: 1998.
PAÍS: EUA.
DIRETOR: DANNY CANNON.




UM ano (sempre é um ano) depois dos acontecimentos do primeiro filme a protagonista esta começando a superar o ocorrido, e sua vida parece realmente esta voltado ao normal, quando ela ganha de 'alguem' uma viagem de ferias junto com alguns amigos, para uma ilha nas Bahamas, com tudo pago, apenas por acerta uma perguntinha de geográfia. O que era para ser uma viagem de ferias acaba se tornando um pesadelo quando uma chuva torrencial e um louco assassino estragam com a vigem.

Filme com um nome destes já não poderia ser mesmo levado muito a serio, recomendavel para os brasileiros metidos a anti-americanos e aos professores de geografia, já que o motivo de todos as mortes e o fato de a protagonista assim como quase todo norte-americano medio, achar que o Rio de Janeiro é a capital do Brasi. Conduto o maior destaque do filme sem duvidas é a participação de JACK BLACK, sim caro(a) leitor(a) VOCÊ LEU CERTO É ELE MESMO, como o maconheiro 'Tolesco', aquele tipico personagem semi-figurante que só serve para aumentar a contagem de corpos ao longo do filme. Enfim, acho que é a única vez em sua carreira de comediante que o gordinho rockeiro participou de um filme de terror.



EU SEMPRE VOU SABER O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO.
ANO: 2006.
PAÍS: EUA.
DIRETOR: SYLVAIN WHITE.




Sem ligação nenhuma com os outros filmes, nem com os atores, a não ser por um cara com um gancho e uma capa de chuva tocando o terror em adolescentes, na historia, 04 amigos tiram uma brincadeira sem graça com um amigo, ele morre e no ano seguinte aparecem bilhetinhos, seguindos de mortes.

Sem mais comentarios, só entra aqui para 'provar' que eu vi os três filmes, tão dispensavel que apesar de ser o mais recente dos três, é o que menos me lembro.