quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ARRASTA-ME PARA O INFERNO (EUA, 2009)



A Historia: Christine Brown é uma ambiciosa agiota com um namorado charmoso. Sua vida é praticamente perfeita, até que chega ao banco a sinistra Sra. Ganush, implorando pela extensão do financiamento de sua casa própria. Christine nega o pedido tentando impressionar seu chefe e conseguir uma promoção. A misteriosa mulher joga então uma maldição mortal em Christine, que tem sua vida transformada num verdadeiro inferno. Depois de quase trinta anos e três Homens-Aranhas pelo caminho, o diretor Sam Raimi volta ao estilo de filme que o lançou no cinema, o terror TRASH, cabe explicar que o uso do termo esta mais no sentido de ‘estilo trash’ do que no significado real do termo (Lixo em inglês). Geralmente produções com esta característica denominam filmes de orçamentos baixos, qualidade risível e atuações idem, mais como “lixo também é arte” algumas dessas produções – seja pela originalidade do roteiro com recursos apertados, sejam pela ousadia, pois como não eram crias de grandes estúdios a imaginação era o limite, ou ate mesmo por serem tão ruins que divertiam – tornaram-se clássicos, é o caso de EVIL DEAD (1982), e sua continuação EVIL DEAD 2( 1987) e EVIL DEAD 3 – O EXERCITO DAS TREVAS(1993), filmes de Sam Raimi que antes do sucesso da trilogia HOMEM-ARANHA, eram os trabalhos onde o diretor era conhecido e consagrado (!).

Arraste-me para o Inferno estar longe de ser considerado com recursos escassos, mal-produzido, ou mesmo revolucionário como Evil Dead (A Morte do Demônio em inglês), porem, somente quem não teve contado com o diretor nos anos pré - Aracnídeo não reconhece as referências, ou homenagens. Entre as muitas comparações-homenagens temos: O não aparecimento, ou invisibilidade da criatura principal, em um filme por falta de orçamento e originalidade, no outro por puro charme; o humor (in) voluntário em quase todo o filme também é marca registrada de Sam Raimi no gênero; Possessões-de-Zumbis-Dançarinos e a maquiagem dos mesmos; e finalmente, cenas nojentas e apelativas envolvendo velhinhas perigosas (elemento tão presente em seus filmes que há quem as veja ate na doce Tia May de Peter Park, pura maldade), enfim o filme diverte, em função do humor negro e provoca nojo nos mais sensíveis pela profusão de cenas repulsivas, provando que quem é rei não perde a majestade. Em tempo, o filme apesar de ter a ‘atmosfera’ dos filmes de terror da década de oitenta, inclusive com o final voltado mais ao terror, não tem a ambição de ser um novo marco, conduto, para os fãs daquele Raimi estreante e trash, Arrasta-me para o Inferno, chega a dar saudades.

Na duvida? olhem esse cartaz de 1987 e me digam o que acham.

Nenhum comentário:

Postar um comentário